sábado, 7 de julho de 2012

ZATELLI A QUESTÃO DO FILHOS DE ANDREA FORTUNATO FRANCESCO ZATELLI FALECIDOS NA INFÂNCIA.

De conformidade com os registros históricos localizados: citando o Pe. Victor Vicenzi, tomando por base a distribuição dos Lotes no Rio dos Cedros em 1876, diz: “Lote 73 - Andrea Zatelli com moglie e 2 figli ...”(opus citatum) Sua esposa, neste momento já era Ana Toller, no entanto, seus primeiros filhos no Brasil nasceriam apenas em 1878 (El Beppi) e 1880 (Giacinto). Portanto a lógica até o momento nos aponta que este dois filhos Tivessem sido os primeiros filhos nascidos no Brasil fruto deste seu segundo matrimonio. Foram localizados também dois registros na Itália referentes a um filho Luigi nascido em 1871 (fruto de seu primeiro matrimonio com Domenica Brunelli) e Luigia nascida em 1875 (filha de seu segundo matrimonio com Anna Toller). Há ainda um terceiro filho Angelo Andreas Zatelli Nascido já no Brasil em Rio dos Cedros/SC em 1876 (naturalmente fruto de seu segundo matrimonio). O mais interessante é que a “mitologia Familiar dos Zatelli” perpetuou, via memória oral, a existência de uma menina (que teria morrido no Navio, durante a travessia e teria sido sepultada conforme o hábito, no mar. Falava-se também de mais dois filhos homens falecidos no Brasil e cujos Termos de óbito nunca foram encontrados e poderiam ser Luigi (Nascido na Itália) e Angelo (nascido já no Brasil). Estas informações da mitologia, e sem os nomes citados, foram levantadas pelo autor tomando por base a tradição oral repassada originalmente desde sua infância pelas cinco filhas do segundo casamento de Giacinto Zatelli, Clara Tafner, Olinda Holler, Ana Leithold e Cecília Zatelli e também pelo primo Vito Zatelli, e finalmente corroboradas pelo primo Matteo Zatelli. Há pequenas variações nas histórias, porém que nos conduzem a pelo menos uma conclusão – “dois filhos morreram no Brasil, pouco tempo depois de sua chegada ao país, não se sabe exatamente de que, nem a data dos eventos, porém as mortes se deram em circunstâncias trágicas” e são mais ou menos as que seguem: F.1(I) - “Um morreu quando foi levar o café da manhã para o pai (neste caso o nome não consta das citações e sabedores da existência de um certo MANOEL ZATELLI (Teria sido o Luigi ?), acreditamos que poderia ter sido ele O fato é que a mitologia familiar fala da morte de um filho pequeno, falecido enquanto derrubavam árvores para fazer uma roça de milho. E o pai (Andrea) não teria percebido que a proximidade do filho e ao derrubar a tal árvore, ela o teria atingido, causando a fatalidade. Ele teria morrido no local”. F.2(II) – LUIGIA DOMENICA ZATELLI (Nascida na Itália), presumivelmente falecida à bordo do navio e sepultada no mar. Na mitologia familiar consta que uma filha teria falecido no navio e sepultada no mar. Talvez seja ela. Ao menos tudo leva a crer. F.3(II) – ANGELO ANDREA ZATELLI (Primeiro filho nascido no Brasil), não se sabe do que faleceu ou que rumo tomou sua vida. F.7(II)- “Com o outro aconteceu o seguinte: pai e filho estavam andando de carroça e por qualquer motivo os cavalos se assustaram e começaram a correr até que destruíram a carroça. O menino teria se assustado tanto que pegou o chamado amarelão -el mal zalt- e algum tempo depois veio a morrer.”Conforme informação de Matteo este teria sido GIOVANNI ZATELLI, que aliás nasceu no Brasil. Esta informação foi fornecida por ele ao autor do presente trabalho em relato oral no dia 24.07.2010. Através do acesso facultado através do Family Search dos Mórmons, em seu Pilot Site, localizamos um certo GIOVANNI Angelo ZATELLI, batizado em Rio dos Cedros com registro na Igreja de São Paulo Apóstolo. Ele nasceu em 03/06/1884, portanto seria o filho número 7 de dez filhos totais de Andrea e Anna Zatelli. ZATELLI, GIOVANNI Angelo – Termo de Batismo. “1884 - Num: 126, Nomen Baptizati: Giovanni Angelo, Nomina Parentum: Andrea Zatelli – Anna Toller, Nomina Avorum Pat.: Leonardo Zatelli – Domca. (SIC-Domenica) Dallapiccola (SIC), Avorum Mat.: Giovanni Zatler – Tereza Tafner, Nomina Patrinorum: Giov. Batt. Baldissari – Catha. Stinghen, Dies Nativita: 1884, 03/06, Dies Baptismi: 1884, 21/07, Locus Baptismi: Ibd. (Rio dos Cedros), Nomen Ministri: Idem. (P. Jose Maria Jacobs), Observationes: Austria.”. In: Registro Religioso de Blumenau – Batismos – Livro no. 2 - 1884 - Pág. 94, no. 126 – FS – Pilot Site. F.8(II) – Através do Family Search do Pilot Site dos Mórmons, foi localizado mais um registro de ROBERTO ZATELLI, cuja data de nascimento não conseguimos levantar até o presente momento (29/04/2011), porém há um registro de óbito num dos livros que oficialmente a Igreja desaprovou pela metodologia. O registro é de óbito no dia 27/05/1889 com a idade de três anos. O sepultamento teria ocorrido na Pommerstrasse (Pomeranos). Não é citado o nome dos pais, porém, até o presente momento não consta que houvesse outra família Zatelli diversa que a de Andrea Zatelli. Portanto é lícito supor que ele seja filho dele. Para falecer com três anos teria nascido em 1886, presumivelmente, portanto no Brasil. Ou seu registro estaria feito de forma errônea, com data a posteriori, Já que ele é apontado como “estrangeiro” neste registro e neste caso pode ter nascido em 1876, ano da chegada da família no Brasil em Janeiro de 1876. Portanto, se tinha três anos de idade e se era estrangeiro (italiano ou austríaco como seus presumíveis Pais (Andrea e Anna). Se além de tudo o ano de registro era 1888 e como era aliás hábito registrar muito depois do óbito, já que o acesso aos meios de registro eram complexos, deve-se supor que ele faleceu em 1879 (a família chegou em Janeiro de 1876 + 3 anos = 1879 e não em 1889). Além disso na mesma página apenas para confirmar que haviam registros anteriores a data em questão (1888) há registros de 1887, por exemplo. Seria ele um gêmeo do terceiro filho do casal, e quem sabe ele tivesse 13 anos ao invés de 3 conforme o apontado acima? Neste documento que não tem fé do próprio Bispo Diocesano, que recomenda seu mero arquivamento. Em qualquer caso ele teria sido o filho 4, e não o suposto filho 8 – qual teria sido sua causa do óbito?. ZATELLI, ROBERTO – Filho de Andrea Zatelli (?) - Termo de óbito . “1887/1888/1889 – Pág. 12 – No.: 24, Nomen defuncti: Roberto Zatelli , Patria: Estrang. , Datas: 3 a.,Marit. V. evel.: solteiro, Dies obitus: 27 de Maio de 1889 *, Morbus: (Não indica a causa do óbito), Sacramenta: Baptisado, Dies Sepul.: 28 de Maio de 1889, Locus Sep.ae, : Pomerst., Observationes: Nihil.” Observação geral: “Como não approvamos este methodo de fazer os assentos parochiaes, fica este livro aqui encerrado e seja cuidadososamente guardado no archivo desta parochia. São Paulo de Blumenau, em visita, aos 2 de setembro de 1895 + José, bispo Diocesano”. In: Registro de óbitos – Religioso – São Paulo Apóstolo - Óbitos de Julho de1870/Julho à Janeiro de 1891 - Ano 1887/1888/1889, Pág. 12, No. 24 Observação relativa ao tema: Privados de assistência religiosa, ainda instalando suas roças e construindo seus barracos - moradias provisórias, longe da civilização (Blumenau ficava à horas por trilhas no mato ou por caminhos precários) e sem assistência médica, pouco havia o que se fazer quando alguém adoecia de febre amarela, p.ex. E no caso de algum acidente, mesmo que fosse um acidente pequeno, se o sistema de imunidade própria não resolvesse, se os chás e as ervas não pudessem solucionar, era morte certa! E se morressem - ainda sem cemitério, nem mesmo os de comunidade, os mortos deveriam ser enterrados em algum lugar das terras da família. E nestes casos o registro, quando havia era, este só seria realizado muito mais tarde pelos familiares em Blumenau. Em se tratando de crianças, muitas vezes não eram realizados. Da mesma maneira, os registros de Nascimento, ás vezes eram feitos após já nascidos dois ou três filhos, de uma só vez, daí que as datas muitas vezes eram feitas à partir de lembranças. O que promovia pequenas confusões de datas originais. Quanto aos nomes, geralmente os nomes de Batismo eram compostos e na língua original (Giuseppe Giovanni, Jacinto Fortunato, etc.), porém quando da realização do Registro Civil, acabava prevalecendo apenas o primeiro nome em detrimento do segundo pré-nome. Este parece ter sido um hábito comum, mesmo em colônias mais desenvolvidas, quando de suas fundações. Há menções de casos similares pela pesquisadora sobre imigração alemã Brigitte Brandenburg na Colônia Dona Francisca, por exemplo. Relativamente a esta discussão dos filhos de Andrea, o primo Vito comentou no dia 10/04/2010 – por e-mail o que segue: “...ontem (09/04/2010) estive em Rio dos Cedros e na volta parei na casa do Matteo Zatelli que mora na casa que foi construída pelo nosso bisavô Andrea Zatelli em 1800 e lá vai pedrada não sei exatamente quando; mas o Matteo hoje está com 90 anos completos e o seu irmão Isidoro que mora ao lado da casa do Matteo na localidade de Sto Antônio, mas o que eu quero lhe dizer é que parte do mistério desse filho chamado Gionanni Angelo Zatelli que ninguém sabia de onde apareceu, que para mim também foi uma surpresa quando busquei em Blumenau as Certidões de nascimento e apareceu esta, e fiz a seguinte pergunta ao Matteo: Como foi a morte dos dois filhos do Andrea e como era os seus nomes? Bem ele disse Um morreu debaixo de uma árvore na roça da mesma maneira que descrevi pra você. o outro foi do susto dos cavalos que quebraram a carroça onde elê estava e também relatou o local onde foi - foi em frente a casa dos Perini (Albano Perini) - e o nome de um deles era Giovanni, mas ele não soube me dizer se foi o Giovanni que morreu do susto ou do acidente da árvore, mas não soube informar o nome do outro filho , mas me disse que certamente o Isidoro saberia me informar, então eu acho que a informação de que o Andrea veio ao Brasil com dois filhos é correta, porque segundo você. tem a informação de que um nasceu ou morreu durante a viagem, mas o Giovanni nasceu no Brasil conforme certidão de nascimento que temos em nosso poder, vou procurar saber com o Isidoro o nome do outro filho que não sabemos ainda.” DOIS MISTÉRIOS AINDA SEM SOLUÇÃO Há também duas questões que não ficaram resolvidas e para cuja situação criada pelos que efetuaram os devidos registros religiosos não há pista ou solução a vista por enquanto: 1) “Enerin Zatelli” – Há um certo ENERIN (SIC) Zatelli *1885 ou 6, no Livro de Registro de Óbitos da Igreja Matriz N. S. da Imaculata Conceição em Rio dos Cedros, como falecido “aos 27 de Novembro de 1918, com 32 annos de edade”. “1919 - 9º. Enerin Satelli – Aos 27 de Novembro morreu o Enerin Satelli com 32 annos de edade” In: https://familysearch.org/pal:/MM9.3.1/TH-266-12587-15216-80?cc=1719212&wc=11579836 - FS/Pilot Site, Registro de óbitos da Paróquia Nossa senhora da Imaculada Conceição entre Jul 1908 e Julho de 1952, imagem 12 2) Clemente ZATELLI Bonatti, apareceu com este nome, num certidão de óbito. Contudo aparenta ser um equívoco do cartorário. Pelo menos foi assim que o autor considerou. De qualquer maneira trata-se de um registro incomum, já que os italianos não costumavam utilizar dois SOBRENOMES nos seus registro, quer religiosos ou civis. Embora pudessem mesmo utilizar vários PRÉ-NOMES (Angelo Maria, p.ex.). Certidão de óbito de Matheo “Zatelli” Bonatti. “No. 1.199 – Em dez de Maio de mil novecentos e cinqüenta e oito, nesta vila de Arrozeiras, Municipio e Comarca de Timbó em cartório, compareceu Clemente Bonatti e exibindo atestado de óbito firmado por duas testemunhas dando como causa da morte Sem assistência Médica, declarou que no dia dez de maio do corrente ano às oito horas em seu domicilio no lugar Pomeranos, faleceu o cidadão Mateus Zatelli Bonatti”(*), do sexo masculino de cor branca, profissão lavrador, natural deste Estado, domiciliado e residente em neste distrito, no lugar Pomeranos, com oitenta e nove anos de idade, estado civil viúvo, filho legitimo de Batista e Ana Bonatti, lavradores naturaes da Italia, ambos falecidos. O sepultamento

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